A calvície, também conhecida como alopecia androgenética, não provoca efeitos nocivos ao corpo humano, mas pode causar muito constrangimento e consequência psicológicas negativas.
É um distúrbio dermatológico visível e que não pode ser facilmente disfarçado, o que afeta muito a vida da grande maioria das pessoas que sofrem com essa condição.
A alopecia androgenética é uma manifestação dermatológica crônica, caracterizada por uma perda parcial ou total dos fios e/ou pelos e considerada a forma mais frequente de alopecia não cicatricial tanto em homens quanto em mulheres desencadeado por hormônios andrógenos em indivíduos que possuem predisposição genética.
Há diversos tratamentos para a alopecia androgenética e hoje vamos falar de dois produtos muito utilizados – a Finasterida e o Minoxidil. Qual é a diferença entre eles? Qual é o melhor? Continue lendo para descobrir.
Finasterida

A relação entre calvície e testosterona foi observada por Hipócrates, que noticiou que os jovens homens eunucos não apresentavam queda de cabelos.
Durante séculos, muitas teorias e mitos circularam sobre a afecção. No final do século XX surgiu a finasterida, alternativa que veio revolucionar a forma de encarar o problema.
A Finasterida é um medicamento usado em baixas doses para o tratamento da calvície e em altas doses no tratamento da hiperplasia prostática benigna e câncer de próstata. No tratamento da calvície, os resultados costumam aparecer em cerca de 3 meses de uso, mas esse período varia bastante de homem pra homem.
Age inibindo uma enzima responsável por transformar a testosterona em um hormônio mais potente.
Estudos comprovaram que seu uso pode causar alguns efeitos colaterais de ordem sexual, como a disfunção erétil e perda de libido. O uso tópico da medicação diminui as chances de surgirem efeitos colaterais, mas não as elimina.
A síndrome pós-finasterida (SPF) se trata de reações adversas sexuais, neurológicas, físicas e mentais persistentes em pacientes que tomaram finasterida.
Infelizmente, a SPF é uma condição sem cura conhecida e com pouquíssimos tratamentos eficazes.
À medida que um número cada vez maior de homens relata seus efeitos colaterais persistentes às agências regulatórias e de saúde em todo o mundo, as comunidades médicas e científicas estão começando a perceber a extensão do problema.
Minoxidil

Já o Minoxidil não age diretamente nos hormônios. Foi um medicamento muito usado no tratamento da hipertensão pois possui propriedades vasodilatadoras, que melhoram a circulação sanguínea. Seu principal efeito colateral era a estimulação do crescimento dos pelos por todo o corpo.
O tempo passou e a indústria farmacêutica identificou nesse efeito colateral uma possibilidade de lucrar. A procura por tratamentos contra a calvície era alta, então a fórmula do Minoxidil sofreu algumas alterações e passou a ser usado de forma tópica.
O Minoxidil age diretamente nos folículos capilares, dilatando-os. Isso não só estimula o crescimento do cabelo como os torna menos ralos e mais resistentes.
O período de aparição dos resultados pode variar entre 1 mês até 3 meses. É importante frisar que o Minoxidil age apenas nos folículos que ainda estão vivos, dessa forma o resultado pode não ser o esperado em todos os casos.
Como efeitos colaterais, muitas pessoas que fazem uso do produto relatam uma pele mais ressecada, mas isso é facilmente resolvido mantendo a pele sempre hidratada.
Conclusão
Antes de mais nada, é de extrema importância que um dermatologista seja consultado antes da realização de qualquer tipo de tratamento. O profissional irá analisar seu caso e te instruir, te indicando o melhor produto para sua situação.
Para decidir qual é o melhor produto, é necessário pôr na balança os efeitos colaterais de ambos os produtos e analisar com cautela. Há muitos relatos de que a Finasterida causa impotência sexual e esses relatos fazem total sentido levando em conta os estudos que os comprovam.
Se trata de um medicamente que age diretamente na produção de hormônios masculinos responsáveis pelo bom funcionamento da vida sexual, então é natural que ele a afete.
Já o Minoxidil é um vasodilatador que age diretamente nos folículos capilares, sem qualquer interferência na produção de testosterona.
Ressecamento e irritações na pele não efeitos colaterais que vir a ser bastante incômodos, mas também podem ser facilmente tratados com o uso de hidratantes diariamente.
Sendo assim, entre a Finasterida e o Minoxidil, não restam dúvidas de que a Finasterida oferece mais riscos ao bem-estar dos homens. Além disso, esse não é um medicamento recomendado para mulheres em idade fértil, diferentemente do Minoxidil.
A Finasterida é um medicamento teratogênico, ou seja: caso a mulher engravide durante o uso, o bebê nascerá com má formação. Sendo assim, a própria bula contraindica o uso por mulheres em idade fértil.
O Minoxidil pode ser usado por mulheres em idade fértil, mas seu uso é diferente do recomendado aos homens. Uma dose menor deve ser administrada e só uma consulta com um especialista poderá defini-la.